terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Ceará produz maçã pela primeira vez em cidade da Serra da Ibiapaba

O estado do Ceará está produzindo pela primeira vez maçã, em uma fazenda na cidade de Tianguá, na Serra da Ibiapada. A plantação ocorre em fase teste em terras privadas cedidas a Embrapa para plantar mudas de maçã. Foram cultivadas seis variedades de plantas de maçãs, que estão todas carregadas de frutas.
Em fevereiro deste ano, 14 meses após a plantação das mudas, está sendo feita a primeira colheita. Segundo especialistas, a maçã se desenvolve melhor em áreas de clima temperado, como o da Serra da Ibiapaba, onde a temperatura varia entre 18 e 35 graus. Apesar de não chover constantemente em Tianguá, as árvores foram cultivadas com irrigação.

A produção surpreendeu até o produtor paulista, acostumado com a produção do fruto em São Paulo. "Recebemos o convite para cultivar maçã, pera, caqui e fizemos os testes. Eles forneceram a muda e assistência, e aí está esse resultado maravilhoso", diz o fazendeiro Ernesto Emori, proprietário das mudas de maçã.
Na primeira colheita, cada pé produz uma média de oito quilos de maçã. As variedades "princesa" e "erva" se adaptaram melhor na Serra da Ibiapaba. A produção é vendida em centrais de abastecimento do Ceará.

Segundo José Narciso Sobrinho, superintendente do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste, o objetivo é trazer novas culturas ao Ceará. "Nesse primeiro momento está se produzindo os frutos. O primeiro teste era saber se a planta iria frutificar e se frutificou, e agora no segundo momento vamos melhorar a qualidade do fruto", diz.

Outras oito fazendas do Ceará vão receber o cultivo de frutas como pera, caqui e oliveira. "Temos todos os ambientes do Ceará sendo testados para produzir, inclusive para os agricultores familiares, onde nós sabemos que a fruticultura tem um grande alcance social e emprega muita mão de obra", diz Narciso.

Uma vantagem da produção de maçã no Ceará, de acordo com o produtor Ernesto Emori, é que a colheita pode ser feita no período de entressafra das regiões Sul e Sudeste. "Como aqui não tem o frio, nós podemos produzir, as árvores não ficam em dormência e a gente pode colher no final de ano", explica.
 
Fonte: G1 / CE

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