São Benedito A Zona Norte Cearense se destaca pela produção de rosas e frutas na Serra da Ibiapaba e no Baixo Acaraú. Demonstrando forte potencial, as flores conquistam cada vez mais espaço no mercado. O Estado produz bem rosas, gérbera, áster, helicônia, antúrio, crisântemo e uma infinidade de plantas ornamentais para exportação.
De janeiro a dezembro de 2010, foram comercializadas 23,5 mil toneladas de flores de corte e vaso, no Ceará. Já em 2011, esse número subiu para mais de 47 mil toneladas. O principal motivo apontado para esse crescimento foi o acréscimo de ponto de vendas.
A participação da floricultura cearense saltou de US$ 825 mil, em 1996, para US$ 3,2 milhões, em 2010, com um pico de US$ 4,9 milhões, em 2007. O Ceará é responsável por 11,4% do valor arrecadado pela produção brasileira de flores para exportação.
Hoje, o Estado possui cinco territórios com potencial para produção de flores: Território Ibiapaba, Território Metropolitano José de Alencar, Território Baturité, Território Cariri e Território Vales do Curu/Aracatiaçu.
Um diagnóstico elaborado pelo Instituto Agropolos do Ceará revela que o Estado possui papel de destaque no que se refere à produção de flores em escala nacional, tanto as de clima temperado quanto as de clima tropical. A expansão do setor tem levado algumas empresas a investir fortemente na produção de rosas no Estado.
Supermercados
Uma delas, a Rosas Reijers, que atua na cidade de São Benedito, produz em torno 100 mil hastes por dia, entre rosas, gipsofilas, alstroeméria, lisianthus, rainha margaridas e gérberas. A empresa tem procurado investir em supermercados – que se apresentam como uma opção rentável para os produtores. De acordo com a Câmara Setorial de Flores e Plantas Ornamentais do Ceará, 70% das rosas produzidas em todo o mundo são vendidas em supermercados.
“O supermercado é um local onde centenas de pessoas passam todos os dias e, por isso, desejamos levar mais uma opção de compra, seja para presentear ou decorar a casa. Queremos criar na população um novo hábito”, explica o sócio-diretor da Rosas Reijers, o produtor Roberto Reijers.
As vendas em supermercados representam hoje 20% do faturamento da empresa e as expectativas de crescimento econômico, tanto empresarial quanto regional, são grandes. “A iniciativa poderá dar acesso a um leque maior de opções de flores à região, além do que, esperamos que decoradores, floriculturas, pessoas que trabalhem com cestas de café da manhã, restaurantes, buffets, entre outros, possam ter um melhor acesso aos nossos produtos, que sempre chegarão frescos e bonitos”, diz.
Com duas fazendas em atividade (Itapeva, em Minas Gerais e São Benedito, no Ceará), a Rosas Reijers é considerada a maior produtora de rosas do País. São mais de 30 anos de atuação, com mais de 50 tipos de rosas – em diversas cores, formas, perfumes, tamanhos.
Ao todo, a empresa conta com 45 hectares de área produtiva que abastecem todo o território nacional, incluindo exportação para a Holanda. As rosas são cultivadas em sistema de substrato e, na safra alta, são colhidos ao dia aproximadamente 170 mil botões. O Grupo Reijers possui ainda outras fazendas nas cidades de Ubajara (CE), Andradas (MG) e Holambra (SP).
Mercado internoDevido à dificuldade de logística e taxas cambiais, o mercado consumidor da produção cearense é somente o interno. “Atendemos atacadistas, decoradores e supermercados. O mercado interno, hoje, consegue absorver toda nossa produção, graças a iniciativas e trabalho feito pelos supermercados que estão acreditando no nosso produto, e disponibilizando-o ao consumidor final a um preço atrativo”, destaca Roberto Reijers.
A área plantada em São Benedito é de 250 mil metros quadrados. “O projeto inicial abrangia apenas rosas, mas começamos a diversificar. Hoje, nós produzimos também gypsophilas, lisianthus, rainha margarida, hypericum, lírios, gérberas e limonium”, cita o produtor.
Fonte Caderno Regional do DN
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