Ceará: 27 municípios enfrentam problema de abastecimento d' água
Outros 11 municípios podem entrar em estado de alerta nos próximos dias, informa relatório da Cogerh.
A
falta de chuvas já está prejudicando a vida também nas sedes das
cidades do Interior. Vinte e sete delas estão sofrendo com problemas no
abastecimento convencional, aquela distribuição feita através da
Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) ou por Serviços Autônomos
de Água e Esgoto (Saae), devido à falta d’água em mananciais próximos.
Neste caso, estão Beberibe, Irauçuba, Itapajé, Tauá e Trairi -
municípios de diferentes regiões do Estado.
Algumas cidades enfrentam racionamento em momentos do dia, como Pacoti e
Quiterianópolis. O relatório foi divulgado pela Companhia de Gestão dos
Recursos Hídricos (Cogerh) após reunião realizada entre Cagece, Cogerh e
a Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra).
Os problemas acontecem porque os reservatórios dessas cidades estão no
volume morto, quando não é mais possível aproveitar a água do açude, ou
em volume considerado crítico, isto é, abaixo de 10% de sua capacidade
total. Das 139 represas monitoradas pela Cogerh no Estado, 24 açudes
estão nesse patamar crítico; outros 75, com menos de 30% de volume. O
açude Jerimum, em Irauçuba, por exemplo, está com 6,65% de volume,
enquanto o reservatório Baixio, em Pereiro, tem apenas 2,02% de sua
capacidade hídrica total.
Além desses municípios, outros 11, como Itapipoca, Martinópole e Nova
Russas, podem entrar em alerta daqui a alguns dias, caso as chuvas não
gerem recargas d’água para seus açudes. O relatório da Cogerh resume
ainda algumas ações tanto emergenciais quanto definitivas que são
projetadas pelos órgãos a serem realizadas. Em muitos casos, as
iniciativas emergenciais envolvem intensificação do número de
carros-pipa e perfuração de poços, como é o caso de Itapajé e Pacoti.
Alguns açudes particulares também deverão ser utilizados.
Já as medidas definitivas passam por construção ou recuperação de
adutoras vindas de açudes próximos. Muitos dos recursos que serão usados
ainda não estão garantidos e dependem de aprovação no Ministério da
Integração. Ainda não há previsão para conclusão das obras. De acordo
com a Cogerh, a Região Metropolitana não correria risco de sofrer
racionamento.
Fonte: O Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário